O concurso público é
o meio mais democrático e probo de acesso ao serviço público. Por meio deste
instrumento milhares de brasileiros conseguiram eleva a qualidade do serviço público
e implantar politicas de eficiência. Em troca o Estado garante a proteção da
estabilidade evitando possíveis perseguições políticas.
Na contramão de tudo isso vem os cursinhos preparatórios que
não apenas lucram exorbitantemente com o mercado como desfrutam da falta de fiscalização
e legislação. Essas instituições se estabelecem sem muitas vezes ter um corpo
docente capacitado ou sem nenhuma fiscalização trabalhista. Os profissionais de
ensino dos cursos preparatórios muitas vezes calam-se diante de pomposos salários
ou de uma fatia do lucrativo negócio mantendo assim esse ciclo vicioso. Tais
empresas empregam centenas de pessoas e conseguem até colocar uma grande
quantidade de pessoas no serviço público. Mas o que poderia alimentar o sonho
da carreira publica muitas vezes se torna um pesadelo tamanha a picaretagem.
As salas de aulas desses cursos presenciais são extremamente
lotadas dificultado qualquer desenvolvimento pedagógico e de aprendizagem. O
aluno que já tem um sólido ciclo de estudo em casa fica enganado achando que a
aula presencial está produzindo conhecimento.
O material pedagógico é sem o devido cuidado de revisão e
muitas vezes é reaproveitando em diversos cursos desconsiderando detalhes como
banca, conteúdo e atualização. Simulados e aulões são vendidos separadamente a preços
estratosféricos e muitas vezes é um apanhado de questões que o próprio aluno
consegue na internet.
As relações trabalhistas é outro meio de picaretagem.
Professores submetem-se a regimes de contratos renováveis de seis e seis meses
para burlar vínculos trabalhista. Ministram aula de domingo a domingo e quase
sempre levam trabalho para casa. Ministram aula da manhã a noite. Alguns
acumulam o serviço publico mais as aulas gerando profissionais
descompromissados e aulas sem nenhuma didática.
O motivacional é outro constante meio de irregularidades. O aluno
é estimulado muitas vezes a mesmo passando e sendo nomeado a não para de
estudar. O aluno fica num ciclo vicioso de inconformismo gastando anos e anos
com horas de estudo e material acreditando que poderá alcançar sempre outro
concurso melhor. No fim não desfrutam nem do salário de hoje nem de amanhã.
Por fim ainda existe os cursos a distância que muitas vezes
replicam a mesma aula em diversas plataformas além dos PDFs que trocam apenas
as capas.
É preciso ter uma fiscalização séria de órgãos de proteção
do consumidor, Secretaria de educação e Ministério do Trabalho de como esses
cursos preparatórios se estabelecem e como
eles devem funcionar. Para o sonho não fira um eterno pesadelo.Cabe
também ao consumidor análise e planejar uma etapa tão importante de sua
preparação.
Yndrews Filliph
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