Quem deseja ter uma boa nota no Exame
Nacional do Ensino Médio (Enem) deve atentar para a redação, etapa
importante da avaliação. A preparação para essa fase pode ocorrer de
formas distintas. Tradicionalmente, os estudantes optam pela elaboração
de redações no colégio onde estudam, para treinar a escrita. Porém,
outra boa forma de estudo pode ser a ferramenta blog, utilizada por
alguns alunos.
É o caso de Fernanda Abrantes, 16
anos, aluna do Colégio Pentágono, que tem o blog entitulado "A busca das
palavras certas". Ela conta que essa ferramenta a auxilia muito no
desenvolvimento da escrita. "O blog, numa visão mais superficial,
auxilia na desenvoltura da escrita, já que incentiva o ato de ler e
escrever, o que, por si só, engrandece o conhecimento do aluno. Além
disso, acaba ampliando o universo literário de quem escreve."
Para a estudante, a grande importância
do blog é desmistificar a redação do Enem, tornando o treino algo
agradável. De acordo com ela, o uso dessa ferramenta ajuda também a
criar o gosto pela escrita. "A grande relevância do blog está em
desenvolver o gosto pela escrita, desmistificando a redação do Enem,
vista como algo obrigatório, e por isso, desagradável e monótono. Com
essa ferramenta, o aluno passa a ver a redação como um texto de visão
sobre o mundo, agradável de se redigir, ainda que haja um tema pautado,
tirando o 'peso' da prova."
Segundo o professor de Língua
Portuguesa do Colégio Pentágono, Alberto Guerra, o treino para a redação
do Enem através dessa ferramenta depende dos objetivos do estudante.
"Como não é ainda um es
paço de valorização de práticas escolares, é bem
possível que não se associe o crescimento verbal que pode haver numa
exposição por blog a um crescimento de qualidade numa redação
característica de vestibular. No entanto, não é uma ferramenta para se
descartar."
O especialista afirma que escrever com
frequência é bom. Portanto, utilizar essa ferramenta é interessante já
que faz o aluno ter o hábito da escrita, que é a grande vantagem do
blog. "No ato de escrever não há desvantagens. Escrever é sempre um
gesto de soberania humana", finaliza.
Gustavo Portella
Fonte :Folha Dirigida
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