Certa vez, conversando com um treinador de futebol das categorias de base, ele se queixou que muitos adolescentes não persistem nos seus sonhos. Mesmo estando entre os melhores, não suportam a frustração de serem substituídos num treino ou num jogo.
Foi daí que recebi um convite para fazer uma palestra. O objetivo foi motivar os jovens a não desistirem. Eis algumas palavras que levei entusiasticamente àquele grupo:
- Se o técnico não te escalou, pode até ser que ele não está acreditando na sua capacidade. Mas o que importa é você acreditar em si mesmo. Persista, e ele te verá com outros olhos. E, se não te ver com outros olhos, pense nos observadores sentados lá no fundo da arquibancada. Podem ser “olheiros” dos clubes concorrentes, ou até mesmo gringos que vieram lá da “Gringolândia” para te contratar.
- O Dario Peito de Aço, o Dadá Maravilha, o Dadá Beija-Flor, colecionador de tantos outros apelidos carinhosos, começou a careira persistindo até o técnico quase não aguentar. E, por não deixar de acreditar em si mesmo, brilhou na seleção brasileira, no Atlético e em dezenas de clubes por onde passou.
Aquele treinador com quem conversei, ao descrever o perfil dos jovens atletas, comentou que a desistência ocorre justamente quando o garoto está pronto para brilhar. Mas basta uma substituição e a autoestima arria de uma vez.
O mesmo se pode dizer sobre os concursos. O estudante pode estar bem preparado; mas basta experimentar a reprovação por um ponto para desistir. Ora, pensemos nos muitos pontos acertados até faltar apenas um. No próximo concurso a aprovação é quase certa.
Enfim, seja no esporte ou nos concursos, persista e pense naquela frase do Fernando Sabino: “No final dá tudo certo. E se não der certo é porque ainda não chegou no final”.
JOSÉ ROBERTO
FONTE: FOLHA DIRIGIDA
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