Ao fundar o polêmico website WikiLeaks, Julian Assange (Benedict Cumberbatch) contou com o apoio do amigo Daniel Domscheit-Berg (Daniel Brühl). Com o crescimento do site e do grau de influência de Assange, a relação entre os dois acabou bastante abalada. Carice van Houten, Laura Linney e Anthony Mackie completam o elenco.
CRÍTICA
Julian Assange e seu colega Daniel
Domscheit-Berg se uniram para se tornarem vigilantes dos privilegiados e
poderosos. Juntos eles mudaram o mundo expondo segredos obscuros
daqueles que tem muito a esconder. Quando Assange e Berg tem acesso a um
dos maiores vazamentos da história do governo americano, eles entram em
conflito um com outro sob uma das maiores questões de nossa época: Qual
é o custo de manter segredos numa sociedade livre? E qual é o custo de
expor esses segredos?
A sinopse acima é do thriller baseado em
fatos reais “O Quinto Poder” (“The Fifth Estate” no original), que
conta a história do surgimento da WikiLeaks. Uns três anos atrás, quase
ninguém sabia o que era esse site. De lá pra cá, o site criado pelo
polêmico australiano Julian Assange explodiu, ao expor para o mundo,
mantendo as fontes anônimas, segredos que grandes governos e companhias
não queriam que fosse a tona. Hoje em dia qualquer pessoa minimamente
informada sabe o que é o WikiLeaks, e é claro que Hollywood ia querer
tirar lucro dessa história controversa.
Em “O Quinto Poder” há uma tentativa de
contar os primórdios e a acessão do site, mas tudo num estilo panos
quentes, sem se comprometer a julgar se as atitudes feitas pela
organização são corretas ou errôneas. Assange (aqui interpretado por
Benedict Cummberbatch) é mostrado como um personagem misterioso e
bipolar, algo que não agradou muito o original, que disse que a produção
é mentirosa e implorou ao ator que o interpreta a não fazer parte de
uma produção tão cheia de erros. Aqui um fato curioso, como tradição do
WikiLeaks, o site vazou o roteiro do filme antes do mesmo estrear e
apontou diversos fatos, que segundo eles, seriam diferentes da
realidade. Se o filme é verídico é complicado saber, mas em defesa do
mesmo ele é baseado no livro do ex-braço direito de Julian Assange,
Daniel Domscheit-Berg, obviamente hoje ambos são brigados. Entretanto
esses eram unha e carne no começo do site. O diretor da obra, Bill
Condon (A Saga Crepúsculo: Amanhecer – Parte 1 e Parte 2), tem uma
carreira um tanto fraca, e aqui ele faz um filme sem personalidade, que
não se compromete com nada e praticamente relata os fatos sem deixar
alguma impressão.
O filme tinha um grande potencial de
passar uma mensagem sobre os valores da WikiLeaks e seus perigos também,
mas o realizadores escolheram o caminha covarde, o da neutralidade.
Apenas no fim que é arriscado uma mensagem direta, quando o personagem
de Assange fala diretamente com o espectador, quebrando a quarta parede,
mas é um momento forçado. O ritmo é corrido, tentando passar a sensação
da avalanche de informações que vivemos hoje em dia na era virtual, mas
como já dito, a obra carece de vida, e mesmo com os atores principais,
Benedict (Além da Escuridão: Star Trek e o seriado Sherlock da BBC) e
Daniel Bruhl (Adeus, Lenin! e Rush: No Limite da Emoção), dando seu
melhor para segurar o longa, no fim das contas o filme tem pouco a dizer
e quase nada a revelar.
FONTE: http://www.vagantepop.com/um-filme-de-quinta-critica-o-quinto-poder-2013/
TRAILER
Nenhum comentário:
Postar um comentário