sábado, 26 de outubro de 2013

CINCO FILMES DE CASA MAL ASSOMBRADA

Nosso set list de hoje vai nas casas mal assombradas veja nossa lista.
1-Sobrenatural
Dirigido pelo mesmo James Wan de Invocação do Mal, este longa recuperou o clima aterrorizante dos filmes de espíritos. Sobrenatural é uma espécie de homenagem aos longas de terror dos anos 70 e 80 que passeavam por casas assombradas e colocavam os personagens frente ao desconhecido. E o filme faz isso da maneira mais simples e eficiente possível. Os criadores usam os elementos mais clássicos do gênero (vozes macabras, aparições na janela e vultos pela casa) sem chances para que o espectador pare para respirar. E não se trata de velocidade, mas intensidade. O diretor se arrisca muitas vezes nesse processo, mas, exceto pela cena em que o protagonista chega ao covil do inimigo, tudo se encaixa direitinho. O resultado é um assombro. De verdade.
2-A Cidade do Terror
 A história de A Cidade do Horror é clássica: uma família se muda para uma casa onde aconteceu uma tragédia misteriosa. O filme mostra esse evento logo no início para em seguida narrar a chegada dos novos moradores, que conheciam o fato, mas preferiram economizar e começam a passar por poucas e boas. Embora hoje assuste menos do que fez épocas atrás, há dois pontos que permanecem excelentes até hoje: a interpretação de James Brolin, cujo personagem entra num processo parecido com o de Jack Torrance em O Iluminado, e a macabra trilha sonora de Lalo Schifrin, que concorreu ao Oscar. O longa, que rendeu dez continuações ou remakes, se baseia num caso real, um dos inúmeros investigados pelo casal Ed e Lorraine Warren, os mesmos cuja experiência está relatada em Invocação do Mal.

A Cidade do Horror2
3-Os outros
 O espanhol Alejandro Amenábar foi para Hollywood para entregar a Nicole Kidman sua última grande interpretação. Os Outros parece uma reinvenção de Os Inocentes – terceira citação deste filme por aqui -, mas não por sua história, nem por seu desfecho. Amenábar confina Kidman e seus dois filhos numa mansão, como Jack Clayton fez com Deborah Kerr e as duas crianças de que toma conta, repetindo o ambiente refinado que deixa a história mais crível. Aqui, os meninos sofrem de doença rara, não podendo ficar expostos à luz, o que faz com que o diretor trabalhe com uma iluminação parca, algumas vezes à luz de velas, o que dá ao filme uma atmosfera sufocante. Fionnula Flanagan está excelente e a reviravolta final – de sua personagem e do filme como um todo – é conduzida da forma mais elegante possível.
4-O iluminado
 Primeiro, há o impacto daquela imensidão, seja nas cenas abertas, seja nas internas. Nada escapa à câmera de John Alcott, que promove um romance entre as cores da fotografia e os cenários majestosos. Cada quadro é extremamente calculado, com todos os elementos de cena arranjados em função de um equilíbrio não puramente estético, mas conceitual – em favor do clima de prisão superdimensionada. A importância do espaço, algo comum a toda a filmografia kubrickiana, é mais forte aqui já que, neste filme, o hotel é quase uma personagem. Os três protagonistas vagam pelo cenário estabelecendo pequenas jornadas solitárias até se perderem dentro dele, ao som de uma música perturbadora. É quando Kubrick catapulta o texto de Stephen King, que, por sinal, não gostou nada do resultado. Neste filme, Jack Nicholson estabelece um padrão de interpretação que influenciou praticamente tudo que veio depois. Shelley Duvall faz algo parecido. Materializa o desespero, mas é o pequeno Danny Lloyd, o responsável por algumas das expressões de pavor mais assustadoras da história do cinema.
5-Potegeist-O fenômeno
 A imagem de Carol Anne conversando com a televisão aterrorizam a infância de qualquer  um. O fato de estarmos diante de um filme “de família”, de um desafio familiar (e um filme exemplar na ambientação desse cenário), cria uma aproximação natural com o drama dos protagonistas. É, muito provavelmente, um dos dez melhores filmes de terror que o cinema já pariu. Assustador do começo ao fim, sua maior qualidade é a elegância da direção, que dá credibilidade à história sobrenatural. Sem querer desmerecer o trabalho de Tobe Hooper, praticamente tudo no filme nos leva a crer que o verdadeiro criador ali foi mesmo Steven Spielberg, roteirista e produtor. Sua mão está lá, desde o tratamento familiar à ambientação, à escalação de um elenco perfeito, ao apuro técnico, à câmera e a cor do filme, parentes próximos do que vemos em Tubarão, por exemplo. A fotografia é excelente, com uma atenção especial para alguns enquadramentos dentro dos planos. E a montagem é essencial para espalhar o horror pelo filme.

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