A Estação Cabo Branco – Ciência, Cultura e Artes promove na quarta-feira (25), às 20h, o evento ideal para os amantes do cinema retrô que não abrem mão do casamento com as inovações tecnológicas. É a primeira sessão de drive-in em João Pessoa, que vai ser realizada no estacionamento da Estação, com a exibição de “Raul – O início, o fim e o meio”, de Walter Carvalho. Antes, haverá sessão do curta “A poeira dos pequenos segredos”, do paraibano Bertrand Lira.
O projeto, que passou seis meses em gestação, é resultado de um esforço entre a Estação e a Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope), com o apoio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (Sedurb) e da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob).
O ingresso custa dois quilos de alimento não perecíveis por motorista, que devem ser entregues na sexta, sábado ou domingo da semana anterior (20, 21 e 22) na recepção do auditório. No ato, o motorista deve apresentar o documento do veículo, já que o controle das vagas no dia da sessão será feito mediante a apresentação de senha com os dados da placa. “Dispomos de 121 vagas para carros de pequeno porte (inclusive voltadas para idosos e portadores de deficiência), e 30 para ciclistas”, explica Rangel Júnior, organizador do evento.
Falando nisso, a qualidade da imagem não deve em nada a nenhuma sala de cinema multiplex. Dois projetores de intensidade de 7 mil lúmens e e um de 12 mil lúmens, com qualidade full HD (a máxima em resolução alcançada, de 1940×1080 linhas) ocuparão um espaço de 25×9 metros, cobrindo a parede externa da área administrativa que dá para o estacionamento. O sistema de som será misto: para os que vêm de carro (e têm aparelho de som), a sintonia será feita por frequência de rádio. Para os que estão fora, haverá um sistema de alto-falantes disposto em dois pontos do estacionamento.
Atingindo-se a lotação máxima do estacionamento na Estação Cabo Branco, os carros excedentes serão orientados a ocupar o estacionamento da Estação das Artes, logo em frente. Os portões serão abertos a partir das 18h. Os banheiros da Sala de Práticas Educacionais, que ficam vizinhos ao local do drive-in, servirão aos espectadores. Completando a infraestrutura, dois pontos de venda de pipoca ficarão situados nas laterais do estacionamento. O setor de Eventos da Estação Cabo Branco já programa novas sessões de drive-in para este ano, uma vez por mês.
Drive-in, uma paixão quase octogenária - Em 6 de junho de 1933, era inaugurado o primeiro estabelecimento de drive-in em Camden, Nova Jersey, EUA. Os 600 espectadores que foram à estreia pagaram 25 centavos de dólar para entrar com seu automóvel e o mesmo valor para cada ocupante do veículo para assistir à comédia britânica “Wives Beware”.
Com o anúncio “Toda família é bem-vinda, sem importar quão barulhentas sejam as crianças“, Richard Hollingshead, o seu criador, eliminou a preocupação dos pais de não poder levar os filhos ao cinema por medo que interrompessem a sessão e, além disso, economizavam o dinheiro da babá, enquanto curtiam um programa a dois.
A ideia surgiu decorrente de um problema da família Hollingshead: a mãe de Richard era obesa e não cabia nos assentos de uma sala de cinema. “Portanto, decidiu colocá-la em um carro, pôr um projetor de 1928 na capota e amarrar dois lençóis nas árvores de seu jardim“, contou Jim Kopp, da Associação de Proprietários de Drive-ins dos Estados Unidos.
Hollingshead testou durante alguns anos até conseguir o sistema de rampas necessário para que os carros pudessem estacionar em alturas diferentes e não bloqueassem a visão dos outros espectadores. Ele patenteou a ideia em maio de 1933 e abriu as portas do seu próprio drive-in no mês seguinte.
Em 1958, existiam mais de 4 mil destas instalações em todo o território dos Estados Unidos. Hoje, após duas décadas de decadência, voltam a ressurgir como peça nostálgica, direcionada quase exclusivamente à família e em um número reduzido. A diminuição no sucesso do drive-in começou a partir dos anos 80, devido ao aumento no valor das terras, além do emprego do vídeo e da televisão a cabo.
“Raul – O início, o fim e o meio”- O filme traça a carreira do cantor, da infância na Bahia – quando conheceu Elvis Presley -, até sua morte, aos 44 anos, vítima de uma parada cardíaca, em decorrência do alcoolismo e diabetes.
Assim, constrói um panorama de uma vida curta, intensa e tumultuada, pontuada por alcoolismo, drogas e conflitos, mas não perde de vista a energia criativa do cantor e compositor de hinos da contracultura, como “Metamorfose Ambulante”.
Um grande tesouro do filme está no material de arquivo, proveniente de particulares, parentes, amigos, emissoras de tevê, contando inclusive com algumas imagens inéditas – o que consumiu cerca de 25% do orçamento total do filme (R$ 2,4 milhões), usados para pagamento de direitos.
“A poeira dos pequenos segredos” – Ao enveredar pela primeira vez no mundo ficcional, o documentarista Bertrand Lira (de “Bom dia Maria de Nazaré”, “O senhor do Engenho”, “O rebeliado” e “O diário de Márcia”) escolheu a adaptação do conto “A poeira dos pequenos segredos”, do escritor paraibano Geraldo Maciel.
O curta trata do drama existencial de Santiago (Nanego Lira), um homem do campo fascinado pelo mistério do mundo e de sua mulher, Otília (Verônica Sousa), à espera pelo retorno do amado. A adaptação transmuta, em sons e imagens, a delicadeza do universo construído por Maciel na sua escrita.
Serviço:
Estacine Drive-In exibe “Raul – O início, o fim e o meio”
Quando: quarta-feira (25), às 20h
Onde: estacionamento da Estação Cabo Branco
Ingresso: 2 kg de alimento, trocados na sexta, sábado e domingo (20, 21 e 22), na recepção do auditório
Entrada: no dia, liberada a partir das 18h
Informações: Rangel Júnior, organizador (8888-9833)
Fones: 3214-8270, 3214-8303
Onde: estacionamento da Estação Cabo Branco
Ingresso: 2 kg de alimento, trocados na sexta, sábado e domingo (20, 21 e 22), na recepção do auditório
Entrada: no dia, liberada a partir das 18h
Informações: Rangel Júnior, organizador (8888-9833)
Fones: 3214-8270, 3214-8303
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