quarta-feira, 4 de setembro de 2013

COMO DEIXAR SEU SLIDE MAIS ATRATIVO


Além dos softwares já comentados (Impress e Power Point) e do site Slideshare, há ainda outro site gratuito que possibilita a criação de apresentações digitais: o Prezi. Utilizando o conceito de “navegação em nuvem” (em que os arquivos da apresentação que você criar poderão ser acessados em qualquer lugar do mundo, a qualquer hora, não havendo necessidade de instalação de programas em seu computador), o Prezi não utiliza slide, tudo é criado em uma única plataforma, tendo como recurso principal o zoom (aproximação das imagens de forma interativa). Para criar sua apresentação, você precisará acessar o site através do link http://prezi.com. Após rápido cadastro, é possível criar suas apresentações tranquilamente. Além disso, é possível reutilizar apresentações públicas compartilhadas por outros usuários. Para apresentar o trabalho pronto, é possível acessá-lo pela Internet ou baixá-lo em uma pasta compactada que não depende de acesso à Internet para funcionar.
Nestes links você pode encontrar mais informações sobre o Prezi:
           
                •    Tutoriais e exemplos de apresentações criadas com o Prezi: http://www.prezibrasil.com.br/category/tutorial-prezi/
                •    Tutorial do Prezi no Slideshare: http://www.slideshare.net/damiana.guedes/tutorial-prezi-pt
                •    Texto “Prezi - uma dinâmica diferente nas suas apresentações”:
           
            http://pplware.sapo.pt/internet/prezi-uma-dinamica-diferente-nas-suas-apresentacoes/

Trabalhando com imagens
            O trabalho com a produção de apresentações de slides nos ajuda a melhor compreender o papel das imagens, porque a ferramenta potencializa o seu uso. Os vários exemplos de apresentações que vocês já visualizaram ilustram o poder das imagens na comunicação.
            O trabalho com imagens ainda é um campo a ser descoberto pelas escolas. Há várias áreas de estudo que tem se debruçado sobre a importância da alfabetização visual. Para entender a dimensão dos esforços nessa área, basta analisar as milhares de referências que encontramos na web quando usamos chaves de busca com termos relacionados (cultura visual, mídia-educação, educomunicação, artes visuais na escola, leitura de imagens, pensamento visual  etc). Por ora, basta que concordemos que imersos neste mundo midiático é importante saber usar imagens nas nossas produções digitais, sejam elas apresentações, blogs ou textos em geral.
            O uso das imagens digitais exige algum conhecimento. Como é produzida a imagem digital? Como é digitalmente representada? Como modificá-la ou editá-la? Ter alguma compreensão a respeito dessas questões nos ajudará a lidar bem com as imagens, sem ter surpresas no meio do caminho.
Como se forma a imagem digital?
            Vamos entender agora como as imagens digitais são representadas na tela do computador. Se você estiver bem de visão e olhar com atenção para um monitor, verá uma malha de quadrados bem pequenos localizados em toda a tela. Percebeu? Agora vai ficar mais simples compreender como são formadas as imagens. Elas são formadas por pequenos pontos, denominados  pixels. Em cada pixel está contida a informação daquela determinada parte da imagem (cor e brilho).
            Então, um pixel é um desses quadradinhos que você percebe no seu monitor. De forma simplificada, podemos dizer que uma imagem digital é uma ilusão de ótica, pois nossos olhos percebem apenas o todo, integrando o conjunto de pixels. 
            Para percebermos os pixels separadamente, é necessário ampliarmos a visualização da imagem (dessa forma afastamos os pixels e destacamos sua independência). Observe esse efeito no exemplo abaixo, ilustrando a imagem em tamanho original à esquerda e ao lado com ampliação de cinco vezes, dez vezes e dezesseis vezes. Veja no link abaixo como se forma uma imagem.
http://www.eproinfo.mec.gov.br/webfolio/Mod85411/conteudo/home/unidade_7/animacao11.html

 Por que e como devemos usar apresentações de slides na escola?
            O uso das apresentações de slides é muito frequente no mundo corporativo e também nas universidades e escolas privadas. A razão disso é simples, essas organizações tem acesso aos recursos  necessários: o computador, o projetor multimídia, as telas de projeção. Mas em alguns casos o uso se transformou em abuso. Pelo excesso mesmo! Alguns professores nunca mais chegam perto de um quadro de giz. Vamos analisar porque isso não é muito recomendável.
            Há argumentos bem fortes contra este abuso. No blog “Café Filosófico” Ligado à Universidade de Évora, o professor Renato Martins publicou um post em que afirma que assistir prioritariamente a aulas com esse tipo de apresentações pode promover uma atitude preguiçosa e descompromissada dos estudantes. E é verdade! Nessas aulas, em geral, os estudantes não precisam tomar nota de nada e nem há tempo para isso. Os slides são passados muito rapidamente. Os alunos assumem uma atitude passiva, como expectadores apenas. Nas palavras do professor Martins (2008), “embora sempre tenha havido alunos com um interesse secundário na sabedoria, a tecnologia potencia ainda mais os conhecimentos falsos e a ignorância escondida. A questão da cidadania e a noção de pensamento crítico e autônomo vão-se perdendo, dando lugar a um analfabetismo funcional, uma série de macacos cibernéticos que sabem funcionar, mas não se interrogam bem porque o fazem.” (MARTINS, 2008).
            Como dissemos, o argumento é forte! Vamos tentar entender o que leva um professor universitário a se pronunciar de modo tão enfático. Analisemos o que diz outro professor que concorda que o risco acima existe. É o professor José Carlos Cintra, da Universidade de São Paulo (USP), campus de São Carlos. Ele argumenta que “com o uso da lousa e do giz, duas características são muito valiosas em termos didáticos. A primeira é o fato de o professor representar a figura central, e a lousa apenas um instrumento a seu serviço. A outra característica é que, na lousa, as informações aparecem passo a passo. Os desenhos, as equações, as definições etc., tudo é construído com o acompanhamento do aluno”. (CINTRA, 2007).
            Ele nos alerta que o uso inadequado dos slides (em número excessivo, poluídos de informação, com frequência exagerada) muda a dimensão do tempo na relação do professor com aluno e deste com o conhecimento. Diz, ainda, o professor Cintra (2007): “cada slide mostra todo o seu conteúdo de uma vez só. Esses slides autoexplicativos são projetados continuamente, sem interrupção, ofuscando o professor. Nessas condições, mesmo ótimos professores não conseguem dar boas aulas [...] Como refém da projeção, e sem chance de demonstrar o seu conhecimento e de cativar os alunos, o professor tem a sua atenção monopolizada pela tela de projeção e, por isso, geralmente se posiciona de costas para o seu público, tornando-se um mero coadjuvante.” (CINTRA, 2007).
            O professor Cintra (2007) recomenda que se você está usando os slides digitais como complemento da sua aula, então fuja dos slides autoexplicativos, pedindo que o foco volte a ser você, o professor, sendo os slides apenas um acessório. Outra recomendação é que não se privilegie a forma em detrimento do conteúdo. As possibilidades de recursos multimidiáticos acabam ofuscando a mensagem. É preciso cuidado!
 FONTE:PROINFO

           

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